Um chopps dois pastel!

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Bom, de volta e eterno nessa Brasila, complemento minha rápida estadia em São Paulo.

Aproveitei a hora do almoço para fazer uma peregrinação religiosa. Peguei o metrô para a Vila Mariana, e de lá tomei um táxi. Cheguei numa rua bem tranqüila, num bairro chamado Cambuci. Entrei numa pequena porta, sem letreiro, nem nada, que mais parecia uma lanchonete. Até achei que tinha entrado errado, e perguntei: - aqui é a Devir? Um cara respondeu: "aqui é a loja deles, Terra Média, tá ligado mano?". Foi então que olhei mais adiante e vi que não eram mesas de lanchonete, mas sim para os nerds jogarem. Passada essa parte havia um salão com dezenas de livros de RPG e centenas de quadrinhos. Foi lindo, tive a nítida impressão de escutar "Carmina Burana", mas era só minha imaginação. Me senti como o Luke Skywalker chegando em Dagobah, ou como o Neo retornando à Fonte. Minha vontade era pegar um carrinho de supermercado e ir jogando tudo para dentro. Mas tinha que voltar para a merda do seminário, então comprei um livro, um jogo de cartas chamado Munchkin e um pack de dados maneiros pracaráleo! Perdão Devir, por ter te chamado de Máfia por tantos anos.

No final da tarde, escapei para a galeria do rock. Tinha visto no google earth mais ou menos para que lado era, e sabia que existiam entradas para uma tal de 24 de maio e uma tal de Av São João. Comecei a andar goianamente pelas ruas de sunpaulo, querendo olhar tudo como um turista mas sem querer parecer turista.

A Força me guiou até uma tal Av. Ipiranga. Pensei “ahá é só seguir por essa Ipiranga que eu encontro a Av. São João – e provavelmente o Caetano Veloso.” Cheguei lá na galeria e o negócio é realmente impressionante. O primeiro andar é bem sem graça, só de loja de manos-rappers e skatistas. Mas os andares superiores têm dezenas de lojas de Cds e roupas rocknroll. E não dava para olhar um por um, pois já eram quase seis horas e algumas lojas já iam fechar. Fui me guiando pela Força mesmo, só olhando vitrines para ver se alguma coisa em especial que me chamasse atenção.

Os cds não são baratos como nos sebos cariocas, pois na galeria os caras conhecem o que estão vendendo e sabem o que é raro etc. Cheguei a achar o primeiro do Elastica que sempre quis, mas estava R$80!!!

A maioria das lojas é de METÓL, mas as mais engraçadas são as góticas, com corpetes para as mulheres e as camisas de babados para “homens”. Muitas coisas para os emos. Poucas indies e novidades.

Foi então que eu encontrei a Renata-irmã-do-Bosco-psychoshadows. Perguntei para ela onde tinha uma loja grande de bunequin... errr figuras de ação. Ela me disse que possivelmente na galeria ao lado, onde ficava a London Calling. Nessa galeria sim, havia lojas com Cds de novidades e indiarada. Muita coisa maneira mesmo, porém os preços eram meio sodomizantes. Mas, cartão de crédito está aí para isso mesmo. Os cds que lembro de cabeça são os seguintes:

Hot Hot Heat - Make Up the Breakdown
Arctic Monkeys (baratin da Trama)
Álbum Branco dos Beatles (usado R$ 30)
JAMC - Psychocandy
We are scientists (acho que foi o mais caro, R$ 40 importado)
Radiohead - Pablo Rânei
Killers Novo (deveria ter esperado para achar num sebo no Rio..)
Curve - Doppleganger (já falei que a Toni Halliday é uma toisinha momosa do titio?)
Flaming lips - Soft Bulletin (presente para a Luiza)
Atari Teenage Riot - Burn Berlin Burn

E dois "genéricos", mas muito bem feitos:
Sonic Youth - Goo
The Best os Dinossaur JR

Depois eu posto sobre a noitada lá, com direito a duas festas!